Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma...Abre-me o seio,
Deixa cair as pálperas pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua...,- unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois...- abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!
Sonetos de Amor de José Régio
sábado, 13 de outubro de 2007
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1 comentário:
Individuos engraçados estes,
Que na sua loucura, são os mais sãos,
Pois não se iludem com falsos presagios,
Com falsas permissas,
Com falsas formas de amar, e viver!
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