sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Tua frieza aumenta o meu desejo:
fecho os meus olhos para te esquecer,
mas quanto mais procuro não te ver,
quanto mais fecho os olhos mais te vejo.

Humildemente, atrás de ti rastejo,
humildemente, sem te convencer,
enquanto sinto para mim crescer
dos teus desdéns o frígido cortejo.

Sei que jamais hei-de possuir-te, sei
que outro, feliz, ditoso como um rei,
enlaçará teu virgem corpo em flor.

Meu coração no entanto não se cansa:
amam metade os que amam com esperança,
amar sem esperança é o verdadeiro amor.


Eugénio de Castro

4 comentários:

disse...

(...)"Amar sem esperança é o verdadeiro amor."

Gosto particularmente deste poema de Eugénio de Castro.
Ivoca na perfeição o altruísmo inerente ao amor...o verdadeiro claro.

Parabéns pela escolha magnifica.

Alexandra

Anónimo disse...

Esse poema é de FLorbela Espanca e isso é plágio...

Anónimo disse...

Minha Filha vah estudar literatura...esse lindo soneto é de Eugenio de Castro, poeta portugues...plágio é uma desinformada postar um comentario ridiculo nuum Blogger lindo...

Anónimo disse...

Poema belíssimo esse soneto do Eugénio de Castro, poeta português do final do século XIX e começo do século XX. Parabéns pela escolha, mui bela.